Introdução:
Quando aceitamos a
Cristo, nós automaticamente passamos a estar incorporado a um seleto número de
pessoas que decidiram abandonar o pecado e viver uma vida santa. Esta nova
vida, traz consigo algumas responsabilidades, dentre elas e a mais séria é
vivermos a cada dia como Jesus viveu. A sermos a cada dia que passa mais
parecidos com ele. Esta nova vida, como o próprio termo já diz, é caracterizada
por não vivermos mais aprisionados as antigas paixões, sentimentos e atitudes,
ou seja, é uma vida completamente nova. Passamos agora a ser reconfigurados
para vivermos como filhos de Deus.
Bem! Deus sabia que
sozinhos não conseguiríamos isto, foi necessário ele ter enviado seu precioso
filho para morrer por um grande número de pessoas (Igreja) e enviado o seu
Espírito Santo para fazer intercessões por nós, assim como fazer nós nos
desviarmos dos pecados pesando sobre a nossa consciência o erro e o
arrependimento.
Deus é santo. Por isso
precisamos ser santos também! Para isto a revelação de Deus nos veio como uma
bússola para nos orientar acerca do que devemos fazer. Deus precisa de uma
igreja santa.
Neste Salmo, Deus
examina a consciência do homem. Revela-o a necessidade de ser íntegro em seus
procedimentos.
Este Salmo está
definido como salmo sapiencial/didático, ou seja, medita profundamente sobre a
Lei de Deus e traz em seu bojo uma gama de sabedoria divina e alerta ao homem
como seguir os caminhos de Deus.
Os salmos são uma ponte
entre os sentimentos dos israelitas e seu Deus. É um diálogo com aquele que é o
seu libertador, criador, refúgio e proteção.
Pois este salmo não é
diferente. Veremos quais as qualificações necessárias que Deus requer daquele
que permanecerá para sempre com Ele em sua morada.
1 – A Grande Pergunta (v. 1);→ Salmo 24.3-6
1.1 - Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo?
Este padrão de pergunta
e resposta pode ter como modelo o que acontecia em certos santuários do mundo
antigo, com o adorador perguntando as condições de admissão e o sacerdote dando
a resposta. Embora, entretanto, a resposta esperada poderia ter sido uma lista
de exigências rituais (Êx. 19.10-15; 1 Sm 21. 4-5). O salmista usa a figura do
tabernáculo para ilustrar a morada de Deus.
1.2 - Quem há de morar no teu santo monte? (Hb. 12.22)
A concepção israelita
algumas vezes concebia que Deus se manifestava nos lugares altos, por isso
temos o salmista perguntando no salmo 121: “Levanto os meus olhos para o monte
de onde me virá o socorro, o socorro vem do senhor que fez os céus e a terra”.
O monte Sião é o monte do Senhor. É a casa de Davi. É o céu.
2 – Resposta Geral (v.2)
1.1 - O que vive com integridade,
A Igreja de Deus deve
ser diferente por que servimos um Deus santo, íntegro e bondoso. Somos
diferentes porque não nos amoldamos às características dos homens e mulheres
que não querem nada com Cristo. A integridade foi uma característica marcante
na vida de Jó e Jesus.
1.2 -Pratica a justiça,
A justiça era um
elemento importante à moral israelita. Se o próprio Deus é conhecido por causa
da sua justiça perfeita e reta, quanto mais devemos proceder de tal forma. Em
Dt. 10. 17, 18 Moisés diz que Deus faz justiça ao órfão e a viúva e ama o
estrangeiro, dando-lhes pão e veste. Deus não ama a justiça apenas de lábios,
mas demonstra pelo cuidado com oseus filhos. Pois abominação era para o Senhor
todo aquele que faz injustiça (Dt. 25). Porque bem-aventurados são aqueles que
têm sede e fome de justiça, e que serão perseguidos por causa dela (Mt. 5.6,
10).
1.3 - De coração, fala a verdade.
Ser seguro e digno de
confiança e não apenas meramente correto. Davi foi um exemplo de alguém que
viveu nestes termos, segundo o testemunho e seu próprio filho Salomão em 1 Reis
3.6, ele diz que Davi: andou com fidelidade, em justiça, em retidão de coração.
Davi, apesar dos pecado cometidos, era alguém da confiança de Deus. Ele não foi
escolhido por acaso. Deus conheceu seus mais íntimos sentimentos e pensamentos.
Deus precisa de pessoas como Davi, para que ele dê responsabilidades até
maiores do que a de Davi. Deus pode cumprir a sua vontade independente do
homem, mas ele nos deu este privilégio de participarmos nos amoldando de sua
vontade e de suas obras
1.1 – O que não difama com sua língua,
O Livro de Tiago é um
livro clássico quando se trata do poder da língua na vida do crente. Ele diz
que se alguém é religioso e deixa de frear sua língua sua religião é vã. Se
você realmente quer que sua religião seja vã, então não freie a sua língua.
Tiago conhece bem o poder que ela tem por isso disse: “Ora, a língua é fogo; é
mundo de iniqüidade.”. Em outro verso ele diz que o homem por si só não é capaz
de freá-la, certamente ele precisa da ajuda do Espírito Santo para isso.
1.2 - Não faz mal ao próximo;
Este princípio Jesus
estabeleceu ao resumir a Lei em apenas duas: amarás ao senhor teu Deus de todo
o teu coração e de toda a tua alma e de todo o teu entendimento e ao teu
próximo como a ti mesmo. Amar não é fazer o mal, isto é óbvio. Seja de que
natureza for!
1.3 - Nem lança injúria contra seu vizinho;
Não podemos pagar
injúria com injúria, mas bendizendo. Este é um princípio em 1 Pedro que evoca
uma atitude ou procedimento puro para com as palavras. Não ofender. Não
insultar.
1.4 - O que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra
aos que temem ao Senhor; →parece uma atitude farisaica, mas é pura
lealdade. E.g (Gn 14. 17-24 – as atitudes de Abraão com os dois reis)
1.5 - O que jura com dano próprio e não se retrata → Pv. 6.1-5
(ensina que, ao perceber o seu erro, a pessoa pode corretamente implorar sua
desobrigação);
1.6 - O que não empresta o seu dinheiro com usura, → tirar
proveito das desgraças do próximo, e.g.
Dt. 23.19.
1.7 - Nem aceita suborno contra o inocente → a lei permitia,
enquanto proibia a extorção e encorajava a generosidade (Êx. 23. 8)
4 – Promessa (v.5a )
1.1 – Não será jamais abalado. → a ameaça
de insegurança é enfrentada pela confiança total em Deus, não por se aliar aos
fortes. É por isso que esta última frase tem seu pleno sentido.