Total de visualizações de página

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO


O Dízimo no Novo Testamento

 

Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Mateus 5:17-18

         Há alguns crentes que não apreciam muito o fato dos pastores às vezes falarem em dinheiro. Esquecem-se eles de que este era um assunto frequentemente mencionado por Jesus. A Bíblia refere-se mais vezes a dinheiro do que mesmo à oração ou a fé.
         Jesus falou sobre o dinheiro 90 vezes. Dos 107 versículos do Sermão do Monte, 22 referem-se a dinheiro, e 24 das 49 parábolas de Jesus mencionam dinheiro.
O Dízimo é antes,  durante  e  depois da Lei de Moisés e continuou na Graça!

 

“E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo”. Gênesis 14:20

         Em primeiro lugar é de crucial importância sabermos que Abraão viveu antes da Lei em tempos completamente diferentes. Em segundo lugar, o dízimo não depende da Lei. Abraão foi o primeiro a dar dízimos para Deus, isso muitos anos antes de Moisés nascer, ou seja, bem antes da Lei existir. Veja isso em Hebreus 7:2-7:
e Abraão lhe deu o dízimo de tudo. Em primeiro lugar, seu nome significa "rei de justiça"; depois, "rei de Salém" quer dizer "rei de paz". Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, feito semelhante ao Filho de Deus, ele permanece sacerdote para sempre. Considerem a grandeza desse homem: até mesmo o patriarca Abraão lhe deu o dízimo dos despojos! A lei requer dos sacerdotes dentre os descendentes de Levi que recebam o dízimo do povo, isto é, dos seus irmãos, embora estes sejam descendentes de Abraão. Este homem, porém, que não pertencia à linhagem de Levi, recebeu os dízimos de Abraão e abençoou aquele que tinha as promessas. Sem dúvida alguma, o inferior é abençoado pelo superior. Ele foi um homem melhor por causa disso? Não. A Bíblia é clara em dizer que Abraão e todas as pessoas que viveram com Deus foram justificadas por sua fé nEle (Considerem o exemplo de Abraão: "Ele creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça". Gálatas 3:6-7 - Gálatas 3:6).
         O dízimo tem tanta importância que foi ordenado muito antes dos Dez Mandamentos, e se era importante antes da Lei, e foi também durante a Lei, por que não seria também depois da Lei? Podemos ver o quanto ele é importante pelo fato de que o próprio Deus nos convida a fazermos prova com Ele exatamente na parte financeira. Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me  à prova", diz o Senhor dos Exércitos, "e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las. Malaquias 3.10 (Será que Deus mudou? Será que a casa dEle deixou de precisar de mantimentos? Água, luz etc)
         A doutrina do dízimo é inaceitável para aqueles que ainda não tiveram uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Isto porque não foram ainda marcados pela consciência da causa de Deus nem pela prioridade do Seu Reino.   A infidelidade a Deus nos Dízimos e nas Ofertas tem impedido muitos crentes de viverem a vida abundante que a Palavra de Deus promete.
O Dízimo em Vigor no Novo Testamento
         Há os que afirmam que o dízimo pertence ao Velho Testamento, à lei, que não temos nenhuma obrigação de pagá-lo / devolvê-lo. Já vimos que o dízimo é anterior à lei de Moisés, e que foi depois incorporado a ela. Veremos hoje que o dízimo permanece na dispensação da graça.                  

Jesus não veio abolir o dízimo.
        Jesus declarou, no Sermão do Monte, que não veio revogar a lei, mas cumpri-la.
         Devemos fazer distinção entre lei cerimonial e lei moral. A lei cerimonial ficou circunscrita ao Velho Testamento. Refere-se a costumes próprios do povo de Israel, sobre alimentação, saúde, etc. Não temos nenhuma obrigação, hoje, para com essa lei.
Há, porém, a lei moral. Esta permanece. Os dez mandamentos, por exemplo. Faziam parte da lei, mas permanecem até hoje, porque são princípios eternos, estabelecidos por Deus para as relações humanas. Ele respondeu: " ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’". Lucas 10.27 – Foi assim que Jesus resumiu os 10 mandamentos, sinal que devemos cumpri-los.
          Assim também acontece com o dízimo. Ele pertence a lei moral de propriedade. O princípio de que Deus é o dono de tudo permanece, e com ele o nosso reconhecimento dessa propriedade, expresso através do dízimo.
O dízimo era uma prática generalizada
        Dirá alguém: não há nenhum mandamento de dar o dízimo no Novo Testamento.
         De fato, há Mateus 23:23:
"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas., mas nem haveria necessidade disso. Tratava-se de uma prática generalizada. Um mandamento sobre o dízimo seria, no dizer do povo, "chover no molhado". Deus não muda, por isso é desnecessário repetir coisas que Ele já disse em várias ocasiões.
         O mesmo acontece com os dez mandamentos: Não há uma repetição completa como está em êxodo 20, mas há textos suficientes no novo testamento que comprovam a observação de cada um dos dez mandamentos pelos cristãos. Inclusive o resumo dos dez em dois, feito por Cristo, como antes citado.

Referências ao dízimo.
        Há três referências ao dízimo no Novo Testamento. Duas delas, paralelas, se referem ao mandamento de Jesus aos fariseus quanto ao dízimo. Mateus 23:23: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas.; Lucas 11:42: "Ai de vocês, fariseus, porque dão a Deus o dízimo da hortelã, da arruda e de toda a sorte de hortaliças, mas desprezam a justiça e o amor de Deus! Vocês deviam praticar estas coisas, sem deixar de fazer aquelas.    
         A terceira é a de Hebreus 7:1-10:
Esse Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, encontrou-se com Abraão quando este voltava, depois de derrotar os reis, e o abençoou; e Abraão lhe deu o dízimo de tudo. Em primeiro lugar, seu nome significa "rei de justiça"; depois, "rei de Salém" quer dizer "rei de paz". Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, feito semelhante ao Filho de Deus, ele permanece sacerdote para sempre. Considerem a grandeza desse homem: até mesmo o patriarca Abraão lhe deu o dízimo dos despojos! A lei requer dos sacerdotes dentre os descendentes de Levi que recebam o dízimo do povo, isto é, dos seus irmãos, embora estes sejam descendentes de Abraão. Este homem, porém, que não pertencia à linhagem de Levi, recebeu os dízimos de Abraão e abençoou aquele que tinha as promessas. Sem dúvida alguma, o inferior é abençoado pelo superior. No primeiro caso, quem recebe o dízimo são homens mortais; no outro caso é aquele de quem se declara que vive. Pode-se até dizer que Levi, que recebe os dízimos, entregou-os por meio de Abraão,
pois, quando Melquisedeque se encontrou com Abraão, Levi ainda estava no corpo do seu antepassado.
, em que Melquisedeque aparece como figura de Cristo.
         Na conversa com os fariseus, Jesus fala do escrúpulo deles em dizimar até as menores coisas, esquecendo-se do mais importante, que era a prática da misericórdia e da fé. Insiste com eles para que continuem a praticar o dízimo, mas deem atenção devida as obrigações morais.
         
 
Cristo dá claramente seu apoio a doutrina do dízimo. Os que fazem objeção ao dízimo levantam-se, todavia, para dizer que o mandamento foi dado aos fariseus e não a nós. Respondo, primeiramente, que nesse caso teríamos de desprezar todos os outros ensinos de Jesus dirigidos aos fariseus. Entretanto, não deixamos de aplicá-los a nós, de modo geral. Se o fazemos em relação a outros aspectos da vida religiosa, por que também não em relação ao dízimo?
         Mas ainda, convém lembrar que nosso Senhor declarou se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entraremos no reino dos céus, Mateus 5:20: Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus". Neste caso, Jesus está colocando para nós um padrão mais alto que o dos fariseus. Estaria ele omitindo a prática do dízimo, parte integrante da justiça do fariseu? De modo nenhum.
         Se ficarmos aquém do fariseu na prática do dízimo, estaremos dando provas de que a nossa religião produz frutos inferiores aos do faraísmo.
         A terceira referência ao dízimo, no Novo Testamento, é a de Hebreus 7:1-10. Pedimos ao leitor que examine cuidadosamente o trecho para melhor acompanhar nosso raciocínio. O autor está provando, nessa carta, a superioridade de Cristo sobre a velha dispensação, e aqui, de modo particular, sobre o sacerdócio judaico. Refere-se a Melquisedeque e ao dízimo que Abraão lhe pagou, acrescentando que esse Melquisedeque era figura de Cristo.
Em primeiro lugar, seu nome significa "rei de justiça"; depois, "rei de Salém" quer dizer "rei de paz".
         Sendo Melquisedeque figura de Cristo, quando Abraão lhe deu o dízimo, estava dando-o, em figura, ao próprio Cristo.
         Se o crente Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, tipo de Cristo, os crentes hoje devem dá-lo ainda àquele que é sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.
         O pensamento do versículo 8 pode ser assim parafraseado: "Enquanto no sistema mosaico recebem dízimos homens que morrem, isto é, os sacerdotes, na dispensação da graça, tipificada por Melquisedeque e Abraão, recebe dízimos aquele de quem se testifica que vive para sempre, Jesus Cristo."
         Jesus, pois, recebe dízimos até hoje dos crentes fiéis, através da igreja que ele instituiu e incumbiu da propagação do evangelho.
         O último argumento a favor do dízimo, no Novo Testamento, que apresentaremos, é o do sustento do ministério sagrado.
         Paulo, em I Coríntios 9 , declara que o princípio do sustento do ministério na dispensação da graça é o mesmo que o da dispensação da lei. Paulo está discutindo aqui o seu direito de sustento por parte das igrejas. Fala do dever das igrejas de sustentarem seus obreiros, usando várias figuras para ilustrá-lo, entre elas a do boi que debulha.   Pergunto em seguinte:
 Se entre vocês semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos de vocês coisas materiais?1 Coríntios 9:11
         Em I Coríntios 9:13 o apóstolo usa a ilustração do templo e do serviço dos levitas no altar, dizendo que eles tiravam do altar o seu sustento. Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar?
1Coríntios9:13
         Qual era esse sustento? O dízimo, não há dúvida nenhuma.
         Vem agora a conclusão do apóstolo, em que estabelece o princípio paralelo nas duas dispensações:
 "Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho."
I Coríntios 9:14.
         Note a palavra "assim". Quer dizer que do mesmo modo como eram sustentados os sacerdotes, assim devem ser sustentados os ministros do evangelho, isto é, com os dízimos entregues pelo povo de Deus.
         É importante também o verbo: "ordenou". Trata-se de uma ordem de Cristo, cuja autoridade merece ser respeitada. É um dever do crente, como era do judeu, entregar os dízimos para o sustento do ministério.
 Exemplos de Contribuição no Novo Testamento

         Jesus veio dar ao Antigo Testamento uma significação mais ampla. Libertou a lei do jugo farisaico, e lhe deu novo vigor espiritual. No princípio do seu ministério deixou claro que não viera para revogar a lei, mas para cumpri-la. Mateus 5:17. Os preceitos da lei mosaica se revestiam de um significado novo e mais profundo nos ensinos de Jesus, como vemos no Sermão do Monte.
         Como nas outras leis do Velho Testamento o dízimo recebe na nova dispensação maior amplitude, no princípio da mordomia da vida e da propriedade. Esse princípio não exclui o dízimo, porém vai além dele, assim como o NovoTestamento, sem excluir o Velho Testamento, o completa e amplia.
         Por isso mesmo, o que encontramos no Novo Testamento são exemplos de contribuição que vão além do dízimo.
         Tomemos o caso da viúva pobre. Ela não deu um dízimo, mas dez dízimos - deu tudo. Marcos 12:11-44 .
         Zaqueu, depois de convertido se dispôs a dar metade dos seus bens aos pobres, portanto, cinco dízimos. Lucas 19:8 .
         Os crentes da igreja em Jerusalém ofereceram tudo quanto tinham. Atos 2:44-45 ; 4:32-37.
         Os crentes da Macedônia deram com sacrifício, muito acima das suas possibilidades, a ponto de surpreenderem o apóstolo por sua liberalidade. II Coríntios 8:1-5 .
         Os coríntios foram convidados a contribuir "conforme a sua prosperidade", I Coríntios 16:2 . Isso não poderia significar, em hipótese alguma, menos do que o dízimo.
         Quem se dispuser a praticar o ensino do Novo Testamento tomará o dízimo como simples ponto de partida, procurando crescer na graça da contribuição.

 

            Pense nisso!

 

PREGADOR MARCOS AURÉLIO




Nenhum comentário:

Postar um comentário